Se ocorrer o entendimento que está sendo pregado entre Beto Richa e
Ratinho Junior, formando a chapa governamental de 2014, vai ser muito
difícil que o PT com Gleisi Hoffmann, o PMDB com Roberto Requião ou
outros que se habilitem à disputa, vençam a dupla de jovens políticos.
Ora, se Ratinho Junior aceitou participar do Governo do Estado, seguindo
a orientação de Richa, nada de mais se os dois se juntarem na mesma
chapa. Ambos podem sair ganhando. Richa emplaca a reeleição. O moço
Ratinho Junior fica numa posição invejável, com um mandato de quatro
anos como vice, natural candidato a governador em 2018, ainda que talvez
não pelo PSDB. Afinal, quem se interessa por manter a fidelidade
partidária. Na verdade ela é seguida, mas só até o momento em que se
ofereçam oportunidades maiores ao então até fiel integrante partidário. Como
tudo em política o que interessa é a vitória nos pleitos, uma dupla
Beto - Ratinho pode superar até 2014, daqui a um ano, todos os entraves
que possam vir com a candidatura de Gleisi, ou quem venha a representar o
PT na disputa no Paraná. Conforme a amostragem do Instituto Paraná
Pesquisas, publicada pela Gazeta do Povo no último domingo (18), Ratinho
Junior ganha de Beto Richa em Curitiba. Isto já seria tão claro que o
governador do Estado saiu à procura de amparo eleitoral no interior,
prometendo visitar todos os municípios e manter um prestígio que
alcançou e que sofreu um desaquecimento na Capital que ele dirigiu. Os
cenários compostos pelo Instituto mostram claramente que os dois
possíveis aliados poderão ser bem-sucedidos. De sua parte, Ratinho
Junior poderá manter-se tranquilo: ganha a vice e se habilita a
representar o grupo na eleição em que ele sonha ser eleito governador. E
se Ratinho Junior conseguir disputar o governo em 2018, poderá
enfrentar Requião ou Alvaro Dias ou Osmar Dias e outros dos nossos
tradicionais líderes. Muito jovem, Ratinho terá tempo de enfrentar a
todos, um por eleição, se for o caso.
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